SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
I –
MULHERES HUMILHADAS?
II –
O LOUVOR DA MULHER EM DEPENDER DO MARIDO.
IV –
O DESEJO DE SER SOLTEIRA ESTANDO CASADA
É
assustador como o feminismo tem encontrado abrigo no coração das mulheres
cristãs. As seguidoras de Cristo aceitaram o argumento da cultura secular de
que para se tornarem plenas e satisfeitas devem abraçar a independência.
A
mídia de massas apóia tal atitude, e até a formenta em comerciais em que o homem
é retratado como um retrógrado e a mulher a poderosa no lar e na família. E
estas ideias chegaram até a igreja de Cristo.
A
liberação feminista tem diluído casamentos, tem quebrado a liderança familiar,
tem colocado famílias inteiras nos lugares mais perigosos que o feminismo pode
propor. Mulheres cristãs não estão satisfeitas em serem esposas submissas e
mães dedicadas e dependentes de seus maridos. Até a palavra submissão tornou-se
repugnante aos ouvidos das mulheres da igreja.
O
nosso coração pastoral ao longo dos anos tem se preocupado com tal
comportamento entre as mulheres de Deus; nós que labutamos no ministério
queremos formar o caráter de Cristo na vida de nossas ovelhas. E, de modo
particular, lidar com o coração das mulheres para que as mesmas sejam piedosas
na mente e na prática. Uma vida de devoção com Deus e obediência a sua Palavra.
Essa luta nós travávamos sozinho, todavia, agora com o advento do movimento
feminista a urgência em uma resposta bíblica, piedosa e eficaz se faz mais
presente.
Pela
Graça de Deus um grupo de mulheres tem surgido na igreja para de forma clara,
bíblica e cortês se opor ao feminismo cristão! No presente texto se observa
exatamente isso, o texto em si é claro e desafiador, onde leva as mulheres
refletirem sobre a sua vocação de esposas dedicadas e dependentes de seus
maridos. A vocação de ser simplesmente mulher piedosa e temente a Deus e a sua
Palavra autoritativa. Li este texto e julguei interessante para ser
compartilhado com os leitores e por isso, editei o mesmo como um e-book
digital. Espero que todos tenham um bom crescimento na graça pela simples
leitura do mesmo, e minha esperança é que a sua mente e seu coração mude de
perspectiva e se volte somente para o Senhor Jesus – o Rei absoluto de nossas
vidas.
Rev. João Ricardo Ferreira de França
Pastor da 1ª Igreja de Piripiri
Piripiri – PI.
INTRODUÇÃO*:
Ser dona de
casa e depender financeiramente do marido: Medos modernos.
• Medo de ter
que pedir dinheiro "até para comprar um batom":
Este é um medo
clássico que brota no coração de mulheres imersas numa cultura feminista.
Como será a minha vida se eu tiver que pedir dinheiro ao meu marido para minhas
necessidades mais básicas? Seria muita humilhação!
Na verdade, pensar assim é
ignorar por completo a forma como Deus designou que uma família funcionasse.
Este pensamento provém de uma distorção dos padrões familiares instituídos por
Deus. Isto é compartimentar a família, é não entender que os dois são um, que
tudo que pertence a um, pertence ao outro, que todos os ganhos são destinados
ao bem comum.
O casamento não é uma união onde duas pessoas
têm vidas paralelas, cuidam das próprias necessidades e apenas se encontram
para jantar e dormir. O casamento é uma associação que visa o bem estar e o
crescimento mútuo, onde tudo gira em torno do bem comum. E na área das finanças
do casamento não poderia ser diferente!
I – MULHERES HUMILHADAS?
Ouço muitas
mulheres dizerem que se sentem humilhadas por não terem seu ‘próprio dinheiro’,
por não ganharem um salário! Ora, o salário de seu marido é o seu salário! Ele
foi constituído provedor exatamente para te sustentar! Isto não é um favor, é
uma obrigação! Você foi constituída auxiliadora idônea justamente para dar a
ele condições, ao ficar na retaguarda, para que ele vá o mais longe possível no
trabalho e nos estudos, sem preocupação alguma, pois tem alguém de confiança
cuidando de sua casa e dos seus filhos. Ele está livre para ganhar o sustento
da família! Você está ali para suprir a casa enquanto ele está nas ruas!
Não é esta a
descrição da mulher virtuosa de Provérbios 31? Lá está aquela mulher
trabalhadora, que levanta ainda noite para cuidar da casa, fazer roupas, vender
o que sobra aos mercadores. Ali está ela, no interior de seu lar, dando ordens
às criadas, atendendo ao bom andamento de sua casa e falando e instruindo com
sabedoria. Ela cuida até dos necessitados ao redor. O coração do seu marido
confia nela! Ele está livre para se assentar com os anciãos da terra e cumprir
com seus deveres na sociedade. Ele tem toda a logística da casa funcionando
bem! Ele é estimado entre os juízes que reconhecem como sua vida familiar é bem
ordenada. Eles são um time!
II – O LOUVOR DA MULHER EM DEPENDER DO MARIDO.
Esta mulher
parece se sentir humilhada por não estar, ela mesma, assentada entre os anciãos
da terra? De forma alguma! Ela é, isso sim, louvada por seus filhos que a
chamam ditosa, e por seu marido que reconhece seu magnífico trabalho na
manutenção da boa ordem do lar e diz: “muitas mulheres procedem virtuosamente,
mas tu a todas sobrepujas.”
Outro texto
que nos trás à lembrança a justiça feita para com os que ficam na retaguarda é
I Samuel 30. Naquela ocasião, Davi, fugitivo pelos desertos com seus homens,
teve suas mulheres e crianças levados cativos pelos amalequitas. Na estratégia
de recuperá-los, Davi ordenou que parte do grupo, que estava mais cansado,
ficasse guardando a bagagem de todos. O restante partiu para a peleja e
recuperaram as mulheres, crianças, gado e absolutamente tudo que os amalequitas
haviam levado. Quando chegaram de volta, homens maus, chamados de filhos de
Belial, sugeriram a Davi que desse aos homens que tinham ficado com a bagagem,
apenas suas mulheres e crianças. Eles acharam que estes não tinham direito aos
despojos. Mas Davi não concordou com esta injustiça: “Quem vos daria ouvidos nisso? Porque qual é a parte dos que desceram à
peleja, tal será a parte dos que ficaram com a bagagem; receberão partes
iguais. E assim, desde aquele dia em diante, foi isso estabelecido por estatuto
e direito em Israel, até ao dia de hoje.”
O princípio de justiça estabelecido aqui é o
mesmo! Eles formavam uma equipe e, cada um cumpria a sua parte para que o alvo
fosse alcançado e o ‘despojo’ era de todos, igualmente de todos!
Portanto,
minha irmã, o dinheiro ‘do seu marido’ não é dele, é da família! E sendo
dinheiro da família precisa ser usado para o bem comum, designado para as
necessidades de todos e usado com o consentimento de ambos para suprir o todo!
Não sinta vergonha de viver da forma como Deus ordenou.
III – MEDO DA PERDA
• Medo de perder o provedor:
Este é um
motivo muito digno, em princípio. Ter medo que seu esposo a abandone ou morra,
não pode, no entanto, ser um sentimento que governe a sua vida. Quando Deus
estabelece padrões, ele os estabelece para que os cumpramos, não para que
fiquemos conjecturando se são ou não seguros para nós. Não podemos entrar no
casamento já nos planejando para ser abandonadas. Não podemos pautar nossas
vidas nas possíveis tragédias que possam nos sobrevir. Você sai de casa todos
os dias se planejando para não voltar, temendo morrer no caminho? Deixa roupas
preparadas e comida pronta para sua família sobreviver sem você durante a
primeira semana, caso algo terrível te aconteça? Não? Mas isso pode REALMENTE
acontecer! As chances de morrermos todos os dias, são muito maiores do que as
chances de permanecermos vivas! E o que nos faz agir como se fôssemos terminar
o dia de hoje? Pode parecer um exemplo exagerado, mas não é. Se não vivemos
assim quanto ao dia da nossa morte, por que precisamos viver assim quanto ao
dia de amanhã?
Como podemos
resistir ao “mantra” repetitivo que ouvimos todos os dias: “você não pode
depender de homem”, “você precisa dar seu jeito de se manter independente
dele”, “o que acontecerá com você e com as crianças se ele for embora?”? Como
não ser contaminada pelas ideias feministas de autonomia e de cada um por si?
Como não sermos assombradas pelo medo de nosso marido nos abandonar e nos
deixar passar fome? Em primeiro lugar, devemos nos lembrar que desde que o
mundo é mundo, estas covardias acontecem. Não é exclusividade da nossa era ter
homens irresponsáveis e egoístas que abandonam suas famílias.
Por outro lado, sabemos que o Senhor é quem
nos sustenta, não o nosso trabalho ou o de nosso marido. Ele é quem provê o pão
de cada dia! Foi Ele quem alimentou o povo no deserto durante 40 anos. Será que
esquecemos esta verdade? Será que temos confiado em nosso próprio braço para
suprir aquilo que é mais essencial à vida humana, que é o alimento cotidiano?
Será que temos procedido como os pagãos, que não têm Deus e precisam se calçar
de todas as artimanhas possíveis para manter seu sustento e sua vida? Se você
tem se esquecido de quem realmente tem colocado o pão em sua mesa todos os
dias, vale à pena lembrar do ensino das Escrituras a este respeito:
não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que
haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.
Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai
as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo,
vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as
aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso
da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como
crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos
afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no
forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?
Mateus 6.25-30.
Que este ensino tranqüilize o nosso coração, e
tire de nós a prepotência de achar que somos nós que provemos alguma coisa!
Quanto ao dia de amanhã?
Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos?
Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram
todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;
buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de
amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.
Mateus 6.31-34.
Nosso dever é
obedecer ao chamado do Senhor no desempenho de nossos papéis, o suprimento e o
cuidado diário vêm de suas bondosas mãos.
• Desejo de manter o padrão de
solteira:
Este é outro
dilema enfrentado pelos jovens que pensam em se casar. Eles desejam ter, no primeiro
ano de casados, aquilo que seus pais só obtiveram depois de anos de muitas
lutas e privações. Os casais de alguns anos atrás se casavam para construir a
vida juntos. Eles não tinham carro, casa ou viagens maravilhosas de lua de mel.
Os casais de hoje, influenciados pela forma de pensar deste mundo que serve e
ama Mamom, têm um padrão muito elevado a perseguir. Sua casa tem que ser
própria, com móveis planejados, porcelanato no piso, televisões gigantes na
sala. O requinte e o luxo se espalham pela cozinha, com eletrodomésticos de
última geração e também pela garagem com um carro zero estacionado. Não importa
que a renda do marido não seja suficiente.
Se a vida de
solteiro tinha estes privilégios, a vida de casados precisa, a qualquer custo,
seguir este padrão. A esposa precisa, então, gerar renda para manter estes
luxos. A maternidade é adiada e a vida à dois se resume a escassos e furtivos
momentos juntos. Eles precisam ganhar dinheiro. Eles não podem ter menos do que
tinham anteriormente. Eles não podem começar de baixo.
Os pais têm
falhado em ensinar estas lições a seus filhos. Os pais não querem que seus
filhos passem pelo aperto que eles passaram no começo da vida e tentam
protegê-los das lutas que virão. Mal sabem eles que, agindo desta forma, estão
tirando dos filhos o privilégio e a honra de passar por situações difíceis
juntos, de crescer juntos e de construírem uma vida juntos. Mamãe deveria ter
me ensinado que quando eu me casasse eu não teria todas as mordomias que estou
acostumada a ter no meu lar de origem, que levou décadas para obter este
padrão. Mamãe não deveria tentar me poupar de situações que são necessárias à
vida de qualquer jovem em começo de casamento.
Quando uma
moça se dispõe a seguir um rapaz, tornando-se sua esposa, deveria estar ciente
de que está se desligando por completo de sua família de origem e passando a
ser uma só carne com ele e com o padrão de vida dele! Já pararam para pensar
nisso, meninas? Quando você se casa, deve estar disposta a viver com o salário
que seu marido ganha e deve se contentar com o tipo de vida que ele pode te
dar. Se você acha que não será feliz se casando com um rapaz mais simples, que
ganha pouco, que lhe dará uma vida sem luxo, você tem duas opções: não se casar
com ele, ou mudar seu coração, que está posto no dinheiro e no conforto.
Se você não está disposta a rever seus
valores, é melhor que não se case com ele, do que se casar pensando que pode
dar um jeito na situação sendo a provedora. “Eu tenho mais gosto pelo estudo do
que ele, então não tem problema. Eu faço um concurso público, ganho bem, e ele
não precisará se preocupar em prover os luxos que preciso. Eu cuido disso.” Já
ouvi estas frases dezenas de vezes de moças que se casam com rapazes pobres e
que não têm perspectivas de crescimento profissional ou intelectual. Ela cuida
desta parte. E da parte dela, quem cuida?
Se não estamos
dispostas a viver com o salário de nosso marido, precisamos rever o que a
Bíblia fala sobre riqueza, sobre as reais necessidades que temos, assim como o
Apóstolo Paulo nos ensinou: “ porque
aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado
como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho
experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de
escassez; tudo posso naquele que me fortalece.” Filipenses 4.11-13
FONTE:
Via Mulheres Piedosas:
http://www.mulherespiedosas.com.br/depender-financeirament…/
http://www.mulherespiedosas.com.br/depender-financeirament
http://www.mulherespiedosas.com.br/depender-financeirament
INFORMAÇÕES SOBRE A AUTORA:
Simone
Quaresma é casada há 24 anos com o Rev. Orebe Quaresma, pastor da
Congregação Presbiteriana de Ponta da Areia em Niterói, Rio de Janeiro.
Professora
de educação infantil, deixou a profissão para ser mãe em tempo integral de 4
preciosidades: Lucas (22 anos), Israel (20 anos), Davi (18 anos) e Júlia (16
anos). Ela mantém o blog Se Eu Gostasse de Ler…
de leituras diárias para os jovens da Congregação pastoreada por meu marido;
trabalha com aconselhamento e estudos bíblicos com as mulheres da Congregação.
* Os tópicos
pertencem ao editor deste e-book e foram inseridos para fixar a temática
desenvolvida ao longo do texto.